sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Apenas eu na praia

            Certa vez, recebi em minha casa uma amiga da época de redação, que inclusive ainda é editora de jornal. Ela é daquelas que adora uma confraternização social, as famosas baladas boêmias. Apesar de ser totalmente urbana, ela simpatiza com a natureza e decidi levá-la a uma pequena praia deserta mais próxima de casa.
            Quando chegamos lá ela ficou extasiada e exclamou: “Só tem eu na praia!”. Eu ri, mas na verdade sua hipérbole sabia que na praia também havia eu e mais duas pessoas que estavam conosco. O que a deixou assim foi o fato de não estar no posto 9 de Ipanema, disputando areia, horizonte e água.
            Lembrei disso e pensei como tem tanta gente que nunca esteve em uma praia sozinho. Pra quem é da Costa Verde isso é fácil e pode ser até rotineiro, mas quem vive em metrópole quando vai a uma, vai em grupo.
            A praia em questão que a levei, foi a pequena e deserta praia da Figueira, do lado da praia de Tarituba. No auge do verão é certo encontrar pessoas, mas fora de temporada é possível curtir o sol com egoísmo.
            Partindo de Paraty pela BR 101, depois da entrada para Tarituba, há uma área descampada à beira da pista onde é possível deixar o carro e descer até a praia. Nós fomos de bicicleta e a carregamos até o fim da trilha. Para quem estiver em Tarituba é possível acessá-la de canoa ou barco, à esquerda da costa.
            Como em qualquer praia que não haja construções, nem moradores é legal levar um lanche. Vale lembrar que os churrascos são agressivos em um espaço como esse. Imagina se três grupos de pessoas resolverem fazer churrasco em uma mesma praia pequena? Lembre-se também de levar o lixo para manter o paraíso.





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